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No mundo da engenharia e arquitetura, a preservação do patrimônio histórico é uma questão de grande importância. Com o avanço da tecnologia, o HBIM (Historic Building Information Modeling) se destaca como uma ferramenta inovadora que une cultura e tecnologia, permitindo uma preservação mais profunda e eficiente dos monumentos históricos.
Esse tema foi explorado em detalhes em uma série de episódios do podcast #ZIGURATInsiders, onde especialistas como Rogério Lima, diretor acadêmico da ZIGURAT, e a arquiteta Adriana Tonani, alumni do Master em BIM Management, discutiram o impacto transformador do HBIM no campo da preservação cultural. Este podcast também está disponível no YouTube.
O HBIM é uma metodologia que vai além dos modelos 3D tradicionais, permitindo uma compreensão e preservação detalhada de edifícios históricos. Utilizando tecnologias avançadas como escaneamento a laser e fotogrametria, o HBIM cria representações digitais precisas de estruturas antigas, enriquecidas com informações sobre materiais e técnicas construtivas usadas no passado.
Essa abordagem inovadora permite que arquitetos, historiadores e conservadores explorem e analisem cada detalhe dos edifícios sem comprometer sua integridade física. Além disso, facilita o planejamento de intervenções e restaurações com maior precisão, minimizando o impacto sobre o patrimônio original.
O HBIM já demonstrou seu valor em diversos projetos ao redor do mundo. Um exemplo notável é a restauração da Catedral de Notre-Dame, em Paris, após o incêndio de 2019. Graças ao HBIM, os detalhes da catedral foram preservados digitalmente, permitindo uma reconstrução fiel e acelerada.
Na Índia, palácios históricos estão sendo mapeados e modelados em HBIM para fins de conservação e educação, enquanto em Belize, ruínas da civilização maia são estudadas e preservadas através dessa tecnologia, revelando insights sobre a engenharia avançada dos antigos maias.
A combinação do HBIM com realidade virtual (VR) e inteligência artificial (IA) está levando a preservação do patrimônio histórico a um novo patamar. Com a VR, é possível criar experiências imersivas que permitem aos usuários "caminhar" por monumentos históricos em um ambiente digital, tornando a história mais acessível e envolvente.
A IA, por sua vez, atua como um copiloto na preservação, monitorando variações estruturais através de sensores e oferecendo sugestões para intervenções de manutenção. Através de sistemas de Digital Twin, uma conexão direta entre o edifício físico e sua representação virtual é estabelecida, permitindo um monitoramento contínuo e proativo.
O futuro do HBIM é promissor, com a tecnologia se tornando cada vez mais integrada na educação e na preservação cultural. Trazer o patrimônio histórico para as salas de aula, seja através de modelos físicos ou virtuais, garante que as futuras gerações se conectem com suas raízes culturais de maneira tangível e significativa.
A combinação de cultura e tecnologia está criando uma nova era na preservação do patrimônio histórico, onde inovação e cuidado se encontram para proteger e promover nosso legado cultural. À medida que avançamos, o HBIM, junto com VR e IA, promete transformar a maneira como interagimos com o passado, garantindo que as histórias e culturas que moldaram nossa sociedade permaneçam vivas para as próximas gerações.
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