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No mundo da construção civil, a busca por métodos de planejamento e execução que não apenas aumentem a eficiência, mas também garantam a entrega dentro do prazo e orçamento, nunca foi tão crítica. O Last Planner System (LPS), uma abordagem focada na colaboração e eficiência, tem se destacado como uma solução promissora.
Conheça exemplos práticos de como o LPS pode ser aplicado em projetos de construção e os resultados tangíveis que podem ser alcançados.
Antes de mergulharmos nos exemplos, é crucial entender o que é o Last Planner System. O LPS é uma filosofia de planejamento colaborativo que envolve todos os participantes do projeto, podendo ser desde os gestores até os trabalhadores no campo, na tomada de decisões de planejamento. Seu principal objetivo é melhorar a previsibilidade do projeto, através de um ambiente colaborativo de trabalho, reduzindo a variabilidade e garantindo uma execução mais suave e eficiente das tarefas.
O Last Planner System (LPS) é uma metodologia eficaz para o planejamento e controle de obras na construção civil. Enquanto o método tradicional elabora um único cronograma com visão de longo prazo e excessivos detalhes, o LPS introduz planejamentos operacionais de médio e curto prazo. A ideia é aumentar o desempenho do processo de planejamento e controle da produção (PCP) por meio da aplicação da produção puxada. Nesse sistema, os “últimos planejadores”, incluindo subcontratados e executores de tarefas, participam ativamente no planejamento e avaliação dos resultados. O LPS desdobra-se em vários planos, como o Pull Plan, Look-Ahead Plan, Programação Semanal e Reuniões Diárias, visando melhorar a coordenação, sequenciamento e controle do tempo, custo e qualidade do projeto.
O Last Planner System (LPS), divide o processo de planejamento e controle de produção (PCP) em três níveis distintos:
1. Planejamento de Longo Prazo (Plano Mestre): Nesse nível, são definidos os principais marcos da construção, como um resumo estratégico do projeto. O sequenciamento, a duração e o ritmo das grandes etapas da obra são estabelecidos.
2. Planejamento de Médio Prazo (Look-Ahead Planning): Aqui, os planos operacionais trazem informações mais detalhadas, mas com um horizonte de tempo menor. O foco está na disponibilidade de recursos para a liberação de atividades.
3. Planejamento de Curto Prazo: Esse nível envolve a programação semanal, onde as equipes definem as tarefas específicas para a próxima semana. É o momento de ajustar e otimizar o fluxo de trabalho, garantindo a execução eficiente das atividades
Um projeto de construção de um grande edifício residencial enfrenta riscos constantes de atrasos e estouro de orçamento relacionados à ineficiência no planejamento e execução das tarefas. Um sinal de um planejamento ineficiente é o não cumprimento das ações planejadas para a próxima semana, que em alguns casos chega a mais de 50% de desvio.
A equipe do projeto pode adotar o LPS, iniciando com sessões de planejamento colaborativo, semanais, para definir pacotes de trabalho claros e realistas. Isso incluiu a participação ativa de todos os subcontratados, engenheiros, encarregados, almoxarife etc, na definição de prazos e na identificação de possíveis gargalos.
Resultados possíveis
• Redução de 20% no tempo total de construção.
• Diminuição de 15% nos custos devido à redução de desperdícios e retrabalho.
• Melhoria significativa na satisfação da equipe, graças à maior clareza e previsibilidade.
Um projeto de renovação urbana normalmente está sujeito a desafios de coordenação entre diversas equipes, resultando em riscos reais de atrasos e conflitos.
A equipe do projeto pode adotar o LPS, através da pratica de reuniões de planejamento, semanais e mensais, envolvendo todas as partes interessadas, onde são estabelecidos compromissos mútuos e um cronograma detalhado de execução.
Resultados possíveis
• Aumento de 30% na eficiência geral do projeto.
• Redução significativa nos conflitos entre equipes, graças à comunicação melhorada.
• Conclusão do projeto 10% mais rápido do que o previsto inicialmente.
A construção de uma nova ala hospitalar é uma ação crítica, com prazos apertados e altos padrões de qualidade exigidos.
Com a Implementação do LPS, através de reuniões periódicas e participativas, a equipe do projeto pode identificar precocemente riscos e restrições, flexibilizando assim o planejamento para acomodar mudanças rápidas.
Resultados possíveis
• Cumprimento de 100% dos marcos críticos do projeto dentro do prazo.
• Redução de 25% no tempo de inatividade no canteiro de obras.
• Alta qualidade de construção, com diminuição de 40% nas correções pós-construção.
Os exemplos acima ilustram a versatilidade e eficácia do Last Planner System na superação de desafios comuns na indústria da construção. Ao promover a colaboração, a transparência e a responsabilidade, o LPS não apenas melhora a eficiência e reduz custos, mas também eleva a moral da equipe e a satisfação do cliente.
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