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Trabalho colaborativo em BIM no International Master BIM Manager

Estou relatando em uma série de posts a minha jornada no curso da Zigurat Institute of Technology, o International Master BIM Manager, caso você tenha perdido o primeiro post, clique aqui. Este post será sobre a minha experiência e dicas sobre o trabalho colaborativo em BIM no International Master BIM Manager.
Nesse último mês, concluímos algumas etapas muito importantes do curso, e todas elas se relacionam à colaboração BIM, ou seja, ao trabalho colaborativo. A primeira dica que já aprendi de cara: nunca esqueça de liberar os elementos que você tenha reservado para suas edições, pois outra pessoa vai precisar de algum elemento que esteja sob seu controle e não vai ser possível seguir o projeto. Agora entenda como funciona o trabalho colaborativo em BIM no International Master BIM Manager.

Trabalhando em grupos

Para o nosso trabalho colaborativo em BIM no International Master BIM Manager, fomos divididos em grupos de cerca de 5 pessoas. Há alunos de diversas parte do Brasil, como Norte, Nordeste, e Sudeste, e também de fora do país, como Lisboa e Porto, assim mesmo, por coincidência ou não, caí em um grupo que há uma pessoa que trabalha no mesmo prédio que eu (o que descobrimos apenas na segunda reunião). Além de geograficamente distantes, o nível de conhecimento dos alunos também são muito variados, há grandes nomes conhecidos na comunidade BIM do Brasil, assim como aqueles que nunca tinham tido contato com softwares de modelagem em BIM, e isso foi incrível de perceber, pois todo conseguem absorver e aprender muita coisa, dependendo apenas do próprio esforço. As plataformas usadas para a comunicação se resumem em Whatsapp e Podio (além de mensagens internas no Archicad) e a delegação de tarefas está sendo gerenciada através do bom e velho Google Sheets, nossas reuniões são feitas semanalmente por videoconferência para acompanhamento e delegação de tarefas. Muito do trabalho é feito fora dos softwares de modelagem, pois há bastante planejamento e organização ocorrendo a todo o momento. Antes mesmo de começar a modelar, fizemos uma reunião para definir as funções de cada membro e quais partes da modelagem seriam de sua responsabilidade. Separamos as etapas em Pré-modelagem, onde customizamos as famílias de portas, paredes e janelas com padrões que criamos para o nosso grupo (que dependiam da família, do tipo e sinalizavam que eram no nosso grupo, o G21); em Modelagem, que foi a etapa de colocar em prática o que foi aprendido no Tema 1 do curso, dividimos as tarefas em tipos de elementos diferentes (pilares, paredes, esquadrias, lajes e escada); em Documentação, que foi a parte de gerar diferentes vistas e anotações e as pranchas; e em Extras, que abordou renders e humanização.

Colaboração em Revit

Para trabalhar com o software Revit, um BIM server foi disponibilizado pela Zigurat para armazenar o nosso arquivo central. Esse arquivo contém o modelo em que estamos trabalhando, porém ele não é editado em tempo real por todos os projetistas. Cada projetista, quando está trabalhando em suas funções, cria um arquivo local em seu próprio computador, e de tempos em tempos sincroniza as mudanças feitas no seu arquivo com o arquivo central, além de receber mudanças de outros projetistas.   Para evitar conflitos entre as mudanças, cada membro deve reservar worksets (que nada mais são que conjuntos de elementos) para que outros realizem alterações enquanto você está utilizando aqueles elementos. Os worksets podem ser usados de diversas maneiras, dependendo do porte do projeto e da organização das empresas envolvidas.   Optamos por criar worksets básicos porque eram poucos elementos e sabíamos em qual parte cada projetista iria trabalhar. Além de monitor as edições, os worksets também podem servir para uma melhor visualização (e deixar o arquivo mais leve para se trabalhar) na hora de projetar, pois há a possibilidade de mudar a coluna Aberto e fazer com que tudo que esteja vinculado a um workset em específico não seja carregado para seu arquivo local, o que é muito útil em obras de maior porte ou para escritórios que demanda tal nível de organização.

Colaboração em Archicad

Para o Archicad, também foi disponibilizado um servidor em nuvem para conter nossos arquivos, e o esquema de sincronização é semelhante ao do Revit, fazendo com que devamos reservar e liberar os elementos, além de sincronizar com o servidor quando desejamos enviar ou receber as modificações. A Paleta Teamwork se mostra muito útil em diversos momentos, ela mostra os usuários que compõe o time de projetistas, se estão online, além de possibilitar a distinção de cores entre eles e realçar os elementos do modelo com tais cores.   A comunicação é muito ágil dentro do software, e é muito importante na hora de comunicar alguma mudança ou dar alguma sugestão, pois junto com a mensagem vem um botão que leva exatamente para a vista a qual o remetente queria se referir.  

Até agora…

Nosso grupo utilizou muito mais os recursos do Archicad para comunicação (e até colaboração propriamente dita) em comparação com o Revit, e na minha opinião é mais intuitivo do que o software da Autodesk nesse quesito. Os dois permitem o trabalho colaborativo de uma maneira bastante fluida, mas a curva de aprendizado do Revit é mais complicada. Faltando cerca de 6 semanas para a entrega do primeiro (e muito mais simples :o) projeto, ainda temos muito trabalho para fazer, apesar de que a parte do projeto executivo estar quase 100%.   No próximo post vou contar um pouco sobre a documentação, comparar as ferramentas para gerar vistas, pranchas e falar um pouco sobre a etapa de Extras, com renders, percursos virtuais e quem sabe um Live ? Até logo… trabalho colaborativo em BIM no International Master BIM Manager zigurat
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BIM Experts